Dados da pesquisa realizada em parceria pela UN Food and Agriculture Organization (FAO), Stockholm International Water Institute e International Water Management Institute
(IWMI) revelam que quase metade de todo o cultivo mundial de alimentos é
desperdiçado após a sua produção. Esse gasto, gerado especialmente
durante o processo de transporte dos produtos, é um dos principais
causadores da crise dos alimentos que o mundo vive atualmente. Ou seja, o
problema não está exclusivamente na falta de produção de comida, mas
sim pelo seu enorme desperdício.
Porém esse não é o único dado alarmante apontado pela pesquisa. Segundo Charlotte de Fraiture, pesquisadora do IWMI, quase a metade da água usada anualmente para o cultivo dos alimentos também é perdida ou desperdiçada ao longo do processo. Somente nos Estados Unidos, quase 40 trilhões de litros de água (aproximadamente a quantidade necessária para produzir 30% dos alimentos de todo o país e suficiente para suprir as necessidades de 500 milhões de família) são perdidos todos os anos.
Foto: Mats Lannerstad
Porém esse não é o único dado alarmante apontado pela pesquisa. Segundo Charlotte de Fraiture, pesquisadora do IWMI, quase a metade da água usada anualmente para o cultivo dos alimentos também é perdida ou desperdiçada ao longo do processo. Somente nos Estados Unidos, quase 40 trilhões de litros de água (aproximadamente a quantidade necessária para produzir 30% dos alimentos de todo o país e suficiente para suprir as necessidades de 500 milhões de família) são perdidos todos os anos.
Foto: Mats Lannerstad
E tanto desperdício não é novidade para
ninguém. Qualquer um que já comeu em um buffet ou foi a um supermercado
sabe quantos alimentos em perfeitas condições de consumo são jogados
fora diariamente. Para acabar com essa prática, os autores da pesquisa
convocaram toda a comunidade mundial para reduzir a quantidade de
desperdício de alimentos e água pela metade até 2025 - uma meta
facilmente alcançável, de acordo com eles.
Outras recomendações do relatório beiram o
óbvio: além de controlar o desperdício, sugerem melhorar a
produtividade da água e aperfeiçoar a produção de alimento. Outra idéia
incentiva usar um selo nos produtos informando sobre a quantidade de
água que foi utilizada para gerá-lo. Assim as pessoas saberiam que para
produzir um bife, por exemplo, são necessários 20.877 litros por cada 1
kg e assim ter consciência do que está comprando. Para os pesquisadores,
existe água suficiente para todos e ela estará disponível para todos
desde que seja bem gerida.
Fonte: Ecodesenvolvimento.org
FAO pede fim do desperdício de alimentos
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 11/05/2011 14:39 Atualização:
Cerca de um terço dos alimentos produzidos todos os anos no mundo para consumo humano, aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas, são perdidos ou desperdiçados, denunciou nesta quarta-feira a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
Segundo um estudo do Instituto Sueco de Alimentos e Biotecnologia (SIK) realizado para a FAO, tanto os países industrializados como os em desenvolvimento "dilapidam mais ou menos a mesma quantidade de alimentos: 670 e 630 milhões de toneladas respectivamente".
Segundo um estudo do Instituto Sueco de Alimentos e Biotecnologia (SIK) realizado para a FAO, tanto os países industrializados como os em desenvolvimento "dilapidam mais ou menos a mesma quantidade de alimentos: 670 e 630 milhões de toneladas respectivamente".
Os especialistas calculam que a quantidade de alimentos perdida ou desperdiçada todo ano equivale a "mais da metade da safra mundial de cereais (300 milhões de toneladas em 2009/2010)".
O relatório diferencia perdas de alimentos e desperdício, este último um fenômeno habitual nos países industrializados.
Os consumidores dos países ricos jogam na lixeira alimentos perfeitamente comestíveis: o desperdício per capita é de 95-115 kg anuais na Europa e na América do Norte, enquanto que na África Subsaariana, na Ásia Meridional e no Sudeste Asiático são jogados somente entre 6-11 kg por pessoa.
Nos países em desenvolvimento 40% das perdas ocorrem nas fases posteriores à colheita e ao processamento, enquanto que nos países industrializados mais de 40% das perdas ocorrem nas vendas no varejo e com o próprio consumidor.
"Reduzir as perdas pode significar um impacto imediato e significativo nos meios de subsistência e na segurança alimentar", indica o informe.
Os especialistas oferecem diversas propostas para reduzir perdas e desperdício.
Segundo o estudo, são desperdiçadas grandes quantidades de alimentos devido às normas de qualidade que dão excessiva importância à aparência.
Também aconselha a educação nas escolas e apoia iniciativas políticas para mudar a atitude dos consumidores.
O relatório será apresentado no congresso internacional "Save Food" (Economize comida!) realizado em Düsseldorf (Alemanha) de 16 a 17 de maio como parte da feira comercial sobre a indústria internacional de embalagens Interpack2011.
O relatório diferencia perdas de alimentos e desperdício, este último um fenômeno habitual nos países industrializados.
Os consumidores dos países ricos jogam na lixeira alimentos perfeitamente comestíveis: o desperdício per capita é de 95-115 kg anuais na Europa e na América do Norte, enquanto que na África Subsaariana, na Ásia Meridional e no Sudeste Asiático são jogados somente entre 6-11 kg por pessoa.
Nos países em desenvolvimento 40% das perdas ocorrem nas fases posteriores à colheita e ao processamento, enquanto que nos países industrializados mais de 40% das perdas ocorrem nas vendas no varejo e com o próprio consumidor.
"Reduzir as perdas pode significar um impacto imediato e significativo nos meios de subsistência e na segurança alimentar", indica o informe.
Os especialistas oferecem diversas propostas para reduzir perdas e desperdício.
Segundo o estudo, são desperdiçadas grandes quantidades de alimentos devido às normas de qualidade que dão excessiva importância à aparência.
Também aconselha a educação nas escolas e apoia iniciativas políticas para mudar a atitude dos consumidores.
O relatório será apresentado no congresso internacional "Save Food" (Economize comida!) realizado em Düsseldorf (Alemanha) de 16 a 17 de maio como parte da feira comercial sobre a indústria internacional de embalagens Interpack2011.